terça-feira, junho 26, 2012

OUTONO (15/06/04)



Pingo de desespero cai
No telhado bate e vai
Para nunca mais voltar.
Encontro de vez a alegria
Fulmino a última agonia
Quando vêjo-a chegar.

Flores murchas não mais vejo
Intensamente nosso desejo
Aflora na escuridão.
Acompanhados de ternura
Seguimos com louca bravura
Pelos caminhos da imensidão.

Vivo em sorrisos e bem sei
Dessa vez eu não errei
A esperança mostrou seu rosto.
Num jardim de fantasia
Sem sinais de rebeldia
Enterrei todo o desgosto.

Sonho lindo de outono
Afundado o tal transtorno
Pelo ápice do amor.
A felicidade agora existe
E aos meses sempre persiste
Dentro de mim ao seu dispor.
Alexsandro Menegueli Ferreira

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