segunda-feira, junho 25, 2012
LIBERTO (20/04/04)
Liberto das correntes sujas e enferrujadas
Naquele porão apodrecido e escuro
As traças e ratos me faziam companhia
E a noite como testemunha de meus sussuros.
Liberto das armadilhas de meu passado
Onde as dores existiam a cada dia sofrido
A angústia me dominava aos pouquinhos
E o vazio cruel me deixava adormecido.
Liberto dos invernos tristes e duvidosos
Em que os passos mais certos me levavam a mentir
O que apenas queria era ser um pouco mais feliz
Num lugar em que pudesse ao menos sorrir.
Liberto das depressões momentâneas e malígnas
As quais me jogavam num precipício sem fim
Me faziam acreditar num mundo descolorido
E a felicidade era apenas um milagre para mim.
Liberto das sensações negativas e impiedosas
E correto em afirmar a alegria agora em minha alma
Cuja tristeza profunda me deixou em poucos dias
Dando espaço para um amor existente que me acalma.
Alexsandro Menegueli Ferreira
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