quinta-feira, setembro 12, 2019

BECOS E VIELAS 12-07-2019

Por entre os becos e vielas
As sobras rente às sombras
Peças velhas sob as velas
Êxtase, delírios, lombras.

O alicerce jaz em pedaços
O alheio em sua indiferença
A espera em pés descalços
A mesmice de sua crença.

Nos dejetos a rejeição
Na sujeira há liberdade
Frases ditas sempre em vão
Atitudes que causam alarde.

Por entre as fezes e urinas
Os choros de ódio e dor
À margem pelas esquinas
Visíveis agora por sua cor.

Mundo entregue às orações
Frio e fome de braços dados
Método covarde sem soluções
Vida à deriva, sonhos arruinados.

Migalhas, olhares, introspecção...
O relógio sem nenhum ponteiro
Loucura abraçada à própria razão
Assassino à solta com ar sorrateiro.

Por entre calçadas e alçapões
A multidão vazia em conceitos
Trilhas, tralhas, transgressões
Almas podres em seus leitos.

Bíblias vastas em mãos imundas
Raciocínio ilógico que fere o real
Palácios de ouro em mentes inundas,
do amor em questão, às custas do mal.

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