segunda-feira, junho 25, 2012
ROSTOS NA ESCURIDÃO (02/08/03)
Uma da manhã,caminho sem vontade em becos escuros
Lembro de estar em minha cama acinzentada e,
derrepente no mesmo instante,me encontrava naquele tormento
Num chão muito úmido,com as calças rasgadas e descalço.
Aturdido e muito confuso,procurava respostas no vazio
E passei a observar em detalhes tudo ao meu redor
Limos,traças nas paredes,arrogância no ruído
que os ratos faziam,dormência em todo meu corpo.
Caio desesperado em um buraco que meus olhos não viram
Parece não ter fim,dez ou quinze minutos em queda livre
E vejo rostos irreconhecíveis na escuridão que descobre meu medo
Agora ouço vozes e,parece vir daquelas faces.
Seus traços se esculpem,e reconheço dentre muitos alguns
O sorriso de minha mãe,a seriedade de meu pai
Súbito,figuram-se meus irmãos e,todos juntos falam palavras desconexas
Logo me vejo em todas as faces como num espelho,e ao me aproximar de um,acordo assustado...
Alexsandro Menegueli Ferreira
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